Olá.
Toda compreensão de felicidade começa com tropeços, com coisas ruins (pelo menos é o que achamos no começo)... Depois vem a parte boa, que faz com que a gente se lembre dos maus momentos como infortúnios necessários e até viram piadas...
Neste post vou falar sobre
os acontecimentos que levaram a minha decisão de escrever sobre o que acontece
na minha vida. Um diário digital. Não tenha pena do que vai ler a seguir. São
fatos para esclarecer, o que estava acontecendo na minha cabeça que não me
permitia enxergar, o que eu precisava ver sozinha pra mudar tudo e compartilharei com todos a partir de hoje.
Durante muito tempo eu coloquei-me de
lado. Busquei por coisas que me faziam mal, que me anulavam, com o pretexto de
que eu precisava ir devagar, de que tinha que respeitar meus limites.
Sair desta vida 'confortável' foi
muito difícil. Saber todos os dias de que tudo aquilo te faz mal e tentar
se convencer do contrário não deixa ninguém feliz. Nem você, nem as pessoas ao
seu redor.
Sim, eu sabia de cada escolha errada,
pensava mil coisas que nunca fiz, palavras que nunca disse e achava que mesmo
assim algo mágico iria acontecer pra me 'salvar'.
Não foi fácil.
Eu ia me deitar todas as noites pensando
em como mudar as coisas pra melhor, em mil alternativas de melhorar a vida e não
fazia absolutamente nada. Minha casa refletia esta confusão toda, estava um
lixo! Desorganizada e triste. Não saía de casa por quase nada neste mundo.
Quando saía, me sentia uma estranha, tinha medo, vergonha e nem sei explicar
exatamente o porque.
Li alguns livros, vi programas de tv, ouvi
muitas musicas que pareciam feitas para mim. Chorei. Porque todo mundo sabe que
depois que se tem consciência do que está errado e não dá nenhum
passo adiante, dói! Todo mundo sabe... Mas eu, como todo ser acomodado, sofria
em silêncio muitas vezes e arrumava mil desculpas pra continuar sofrendo. Auto
compaixão sabe?
Para sair deste círculo vicioso de auto
destruição eu precisava traçar uma meta. Foi o que fiz. Disse o tão adiado
'não' para aquela situação, o doloroso'não' para aquilo que eu tinha como meta
e que não estava funcionando. Sempre me perguntando 'qual é o limite entre a
perseverança e a teimosia?'.
Encontrei algo novo. Uma direção, um
curso. Literalmente. Numa cidade nova é preciso estar em contato com
pessoas novas para não definhar.
Desapego. Bem trabalhado. Tardio, eu
diria.
Fui até uma faculdade da cidade para me
inscrever em uma pós graduação em minha área de interesse. Levei um mês para
ter coragem de sair sozinha e ir até lá. Reuni a papelada necessária, liguei
diversas vezes, mandei e-mail e fui até lá efetivar minha inscrição.
Cheguei lá e levei um balde de água fria: o curso foi adiado para
2013! Voltei possessa pra casa. Pensando o porque de eu não merecer uma folga
do destino... destino, mais uma palavra para alimentar a auto piedade! E como
eu a usei!
No caminho entre a faculdade, encharcada
de ódio daquilo tudo, eu dei uns 10 passos em direção a uma escola de teatro
que ficava a 4 quadras dali. Um clique! 'Melhor não tomar nenhuma atitude com
raiva'... 'Melhor respirar, ir até em casa e pensar no que vou fazer...' Foi
minha melhor escolha. Eu já havia visto algumas coisas na internet sobre o
curso de circo nesta escola. Em casa, entrei no site novamente, li tudo
certinho, liguei para tirar minhas dúvidas e marquei uma aula experimental.
Nesta parte vem a certeza: há solução para
tudo nesta vida, é só ter um plano B!
Com esta pequena decisão eu melhorei em
casa. Ela está mais organizada, sem sofrimento pra deixa-la assim. Se vê a diferença
em mim e se vê a diferença em casa. Eu pelo menos vejo!
Parando pra pensar agora, me parece tudo
meio óbvio, tudo muto simples! Meu objetivo não era fazer uma pós, era conhecer
pessoas diferentes, conversar com gente diferente, me 'enturmar' nesta cidade
que agora é meu lar. O objetivo não é uma formação, é a socialização. Isso eu
poderia ter de diversas formas e se não acontecesse na escola de teatro,
aconteceria em outro lugar, pois o objetivo está claro em mim.
Não vejo mais problemas em sair de casa.
Assumi a minha nova condição, sem pensar só no passado. O que aconteceu foi
ótimo, deixa saudades, mas não poderia mais seguir querendo voltar no tempo!
Parece ridiculo, mas tenho certeza que
todo mundo passa por problemas assim. Não exatamente como o meu, mas
acontece medos em todos s lugares, todos os dias, o importante é não se deixar
vencer. Assim como foi complicado e demorado pra mim, pra cada um este
entendimento acontece no seu tempo. Só não pode usar isso como desculpa pra não
fazer nada também....
Pesos e medidas, escolhas, disso é feita a
vida: ações. Escolher não fazer nada não soluciona o problema, te limita, te
cega. Eu demorei 5 anos. 5 longos anos. Nem paro pra pensar muito nisso pra não
cair na tentação de morrer de auto piedade novamente.
Romper com o círculo vicioso do cotidiano.
Seja ele qual for. Faz demais? Pare um pouco. Faz de menos? Mexa-se. Come
demais? Controle-se. Come de menos? Experimente. Assim por diante...
E você? Precisa dividir algum problema?
Falar de uma situação que te faz mal? Escreva! Deixe um comentário. O espaço é
aberto para isso. Afinal, ter com quem falar sobre o assunto já ajuda a vê-lo
de outra forma! Escrever é um ótimo exercício para reavaliar um problema já que
é necessário procurar as palavras certas para que outra pessoa entenda o que
você está sentindo... Como sei o quanto falta alguém de fora da situação para conversar, fiz este blog! Precisa-se de confidentes, nem que sejam virtuais, não é?
Abraços
Luna.